Dados divulgados pela prefeitura de São Paulo, contudo, são da semana entre 12 e 18 de dezembro, e prevalência pode ser maior
A variante ômicron do coronavírus já corresponde a 50% dos casos detectados na cidade de São Paulo, segundo levantamento divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e pelo Instituto Butantan nesta terça, 4. A situação pode ser ainda pior, já que os números são referentes à semana entre 12 e 18 de dezembro – nesse período, 52 amostras positivas para o coronavírus foram identificadas como sendo da ômicron. Até o momento, o município contabiliza 69 testes positivos para a nova variante. A prefeitura paulistana admitiu a transmissão comunitária (ou seja, a circulação local) da ômicron em 15 de dezembro.
A variante ômicron é mais transmissível que as outras versões do vírus e detém a capacidade de escapar parcialmente da imunidade prévia de quem foi infectado anteriormente ou de quem foi vacinado. Contudo, análises prévias indicam que ela causa sintomas mais leves e menos complicações do que a variante delta, por exemplo, que ainda é predominante em São Paulo. A prefeitura de São Paulo afirma que realiza o monitoramento genético das infecções com frequência – semanalmente, a SMS envia para os institutos Butantan, de Medicina Tropical da USP, e Adolfo Lutz, cerca de 300 amostras para análise, sequenciamento genômico e monitoramento dos casos, o que representa cerca de 40% das amostras positivas.