Os 12 membros do júri consideraram a ex-policial Kimberly Potter como responsável pelo episódio; pena ainda não foi definida pela Justiça americana
A ex-policial Kimberly Potter foi condenada por homicídio culposo depois de matar um motorista negro durante uma abordagem nos Estados Unidos. A decisão do júri que considerou a ex-oficial culpada pela morte de Daunte Wright foi tomada nesta quinta-feira, 23. O caso aconteceu na cidade de Minneapolis, mesmo lugar onde George Floyd foi morto em abril de 2020 por um policial branco. Os 12 membros do júri consideraram Potter, 49, culpada pelo homicídio culposo, uma vez que houve consenso entre promotores e advogados de defesa que ela confundiu seu taser elétrico com uma arma de verdade, o que comprovaria que ela não teve a intenção de matar Daunte. Depois de ter sido condenada, Potter foi levada do tribunal algemada e viu a juíza Regina Chu negar o pedido para que ela passe o Natal com a família. As penas ainda não foram definidas, mas, por ter sido condenada em primeiro e segundo grau, suas penas podem ser de até 15 e 10 anos, respectivamente.
Durante a sessão, o júri discutiu se iria considerar as ações de Potter imprudentes ou se iria atribuir o caso a um erro que não teria implicação criminal. A acusação chegou a uma conclusão que foi contra juristas americanos, que acreditavam que a oficial seria absolvida. Os advogados da família da vítima expressaram alívio com a decisão, dizendo que ela responsabilizou a ex-policial por “trágica parada de trânsito desnecessária e exagerada” que resultou na morte de Wright. “Esse dia continuará sendo traumático para esta família e mais um exemplo para a América de por que precisamos desesperadamente de mudanças no policiamento, no treinamento e nos protocolos”, afirmou a defesa de Daunte em comunicado.