Os cálculos da campanha de Doria para vencer as prévias do PSDB

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Aliados do governador de São Paulo esperam conquistar aproximadamente 65% dos votos, mas evitam ‘clima de já ganhou’

ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOJoão Doria disputa a preferências dos tucanos com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite

O PSDB ainda não encontrou uma solução alternativa para retomar a votação interna nas prévias que escolherão o candidato do partido à Presidência da República, mas as campanhas dos dois principais candidatos – os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite – seguem mobilizados em busca de apoio. Como esperado, o clima é de otimismo dos dois lados, mas aliados do gestor paulista apostam em uma vitória com margem confortável, com aproximadamente 65% dos votos. Pessoas próximas a Doria, porém, querem evitar o “clima de já ganhou”, em especial, porque o processo tem sido marcado por troca de farpas e desgaste da imagem da legenda.

Os tucanos aptos a votarem estão divididos em quatro grupos: filiados; prefeitos e vice-prefeitos; vereadores, deputados estaduais e deputados distritais; e governadores, vice-governadores, presidentes e ex-presidentes do partido, senadores e deputados federais. Em geral, o entorno de Doria avalia que vencerá em três dos quatro segmentos, perdendo apenas no quarto, o chamado “grupo de elite”. Há, porém, quem acredita que o paulista terá a maioria nos quatros agrupamentos, conquistando 75% dos votos. Os mais otimistas, segundo apurou a Jovem Pan, contam com um trunfo.

A equipe do governador de São Paulo acredita que tenha conseguido virar votos, sobretudo, entre os deputados federais – embora a Executiva Nacional do PSDB tenha declarado oposição ao presidente Jair Bolsonaro, a maioria da bancada tucana na Câmara tem votado com o governo federal, sob a influência do deputado Aécio Neves (MG), candidato derrotado do partido nas eleições de 2014. Um membro do secretariado de Doria calcula que o paulista vencerá no quadrante dos mandatários com apenas três votos de vantagem. “Nos outros grupos, não vejo chance de reação”, diz.





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