Os incêndios florestais causaram mais de US$ 20 bilhões de prejuízos apenas na região oeste dos Estados Unidos em 2020, provocando inúmeros danos. Para tornar o combate a eles mais eficiente, a Nvidia revelou na última semana que vai utilizar soluções de inteligência artificial (IA).
Em parceria com a Lockheed Martin, a fabricante está construindo o primeiro laboratório centrado em IA do mundo e dedicado a prever e responder aos incêndios florestais. O trabalho inclui a participação do Serviço Florestal do Departamento de Agricultura dos EUA e da Divisão de Prevenção e Controle de Incêndios do Colorado.
Baseado no Vale do Silício, o laboratório combinará os softwares de detecção em tempo real da gigante aeroespacial com as capacidades de IA, o hardware e a plataforma Omniverse da Nvidia. O mecanismo será capaz de processar a magnitude de um incêndio e prever o seu progresso.
“A combinação da Lockheed Martin com a tecnologia Nvidia tem o potencial de ajudar as tripulações a responder de forma mais rápida e eficaz aos incêndios florestais, ao mesmo tempo que reduz o risco para bombeiros e residentes”, explicou Shashi Bhushan, representante da empresa aeroespacial. A ferramenta também poderá ser integrada às aeronaves de combate ao fogo.
Testes promissores
Para prever o caminho de um incêndio florestal com maior precisão, o sistema analisa dados de topografia, direção e velocidade do vento, o combustível e a detecção em tempo real do fogo. Todas essas informações foram usadas para treinar o algoritmo.
Até o momento, o modelo de IA tem sido testado em simulações de incêndios históricos e vem apresentando bons resultados, segundo o vice-presidente de IA da Lockheed Justin Taylor. Apesar de algumas limitações, o especialista disse que a tecnologia tem um “impacto significativo”.
O sistema deve começar a ser usado em breve, em pequenas comunidades americanas, mas tem potencial para uso global, conforme revelou a Nvidia.