Versão do secretário de Cultura é que a agenda tinha como objetivo de discutir um projeto audiovisual do governo; custo foi de mais de R$ 39 mil
O pedido de investigação contra Mario Frias, secretário de Cultura do presidente Jair Bolsonaro, partiu do Ministério Público Federal (MPF) e também do Tribunal de Contas da União (TCU). A suspeita é que Mario Frias superfaturou uma viagem a Nova York, em dezembro, onde se encontrou com o empresário Bruno Garcia e com o lutador de jiu-jítsu Renzo Gracie. A versão de Mario Frias é que a viagem tinha um objetivo de discutir um projeto audiovisual do governo e que estava agendada oficialmente. O valor da viagem aos Estados Unidos custou aos cofres públicos mais de R$ 39 mil entre passagens e diárias. O Ministério Público junto com o TCU vão investigar as supostas irregularidades que teriam sido praticadas pelo secretário e se essa viagem era realmente oficial.
Os valores postados no Portal da Transparência estão sob suspeitas, já que estão bem acima, de acordo com as investigações, do que são praticados atualmente no mercado. Um teste PCR feito pelo secretário de cultura Mario Frias, inclusive, custou R$ 1.840, 10 vezes mais o valor que é praticado no mercado pelos laboratórios credenciados. O subprocurador geral do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado, pede que os auditores apurem as supostas irregularidades com rigor. E, caso encontrem algo errado, que os valores sejam devolvidos aos cofres públicos com pagamento de multa e que os envolvidos sejam inabilitados para os cargos públicos, no caso, exonerados. Com provas legais e oficiais do Portal da Transparência, o subprocurador geral classificou o caso como uma verdadeira extravagância e afronta ao princípio da moralidade administrativa por parte do secretário Mario Frias.
*Com informações do repórter Maicon Mendes