Neste domingo (28), milhares de estudantes responderam 90 questões de matemática e ciências da natureza para o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. Na avaliação de professores das disciplinas envolvidas, a prova deste ano apresentou um nível de dificuldade mais alto, com menos interpretação de textos e mais cobrança sobre domínio de conteúdos, mas sem perder o caráter interdisciplinar do exame.
“A gente teve uma melhor distribuição de temas, mas, ainda assim, houve uma concentração de botânica”, observou o professor de biologia Daniel Senna, do Colégio Boa Viagem (CBV). “Classificaria a prova como de mediana a difícil”.
O professor de química Pietro Sales considerou que não houve muitas surpresas. “Percebe-se uma pulverização de temas que contempla o aluno que dedicou seu tempo para o exame. A prova de química, em relação às anteriores, poderia ter exigido uma profundidade maior”, avaliou. “A prova é conteudista, mas não é cansativa”, complementou o professor de física César Staudinger. “Ela também foi tradicional na divisão de conteúdos. Elétrica, ondulatória, mecânica e termologia são as partes que sempre caem mais”.
Já o professor de matemática Geraldo Silveira considerou a prova tranquila e um pouco mais conteudista do que o esperado. “Predominou a parte de estatística e teve oito questões de geometria. Foi uma prova boa, mais fácil que a do ano passado, e a maioria das questões vinha com contexto”, disse.
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