Crianças são filhas de franceses que se juntaram ao Estado Islâmico; país não pretende aceitar volta de adultos
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, reiterou nesta segunda, 14, que o país continuará, na medida do possível, a repatriar os filhos dos jihadistas franceses que estão no nordeste da Síria, mas descartou fazer o mesmo com adultos . “Para as crianças, continuaremos, para os menores desacompanhados, os órfãos, para aqueles cuja mãe concordou em deixá-los ir […] e realizando, cada vez, operações extremamente perigosas”, declarou Le Drian à emissora France 5, ao lembrar que a região ainda está “em guerra”. “Por outro lado, os adultos, eles não serão repatriados”, enfatizou.
Até agora, a França repatriou 35 menores, a maioria órfãos. Cerca de 80 mulheres francesas, que se juntaram ao grupo Estado Islâmico, e 200 crianças estão detidas em campos administrados por curdos no nordeste da Síria. Advogados, deputados e ONGs instaram as autoridades francesas a repatriá-los. O governo francês, porém, estuda caso a caso a situação das crianças e considera que os adultos devem ser julgados onde agiram. “O que seria necessário é que a situação se estabilize na Síria, mas não é o caso, e que uma jurisdição responsável [desses julgamentos] seja identificada, caso contrário não há saída”, concluiu Le Drian.
*Com informações da AFP