Famílias de baixa renda não terão cobrança adicional na conta de luz em dezembro

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Para os demais consumidores do Sistema Integrado Nacional, segue em vigor a bandeira de escassez hídrica, com valor de R$ 14,20 para cada 100 quilowatts-hora consumidos

Arquivo/Agência BrasilNovo patamar da bandeira tarifária foi criado pelo governo por conta da grave escassez nos principais reservatórios do país

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na noite desta sexta-feira, 26, que as famílias de baixa renda inscritas no programa Tarifa Social não vão pagar taxas adicionais nas contas de luz em dezembro. A bandeira verde não era acionada desde novembro de 2020. No ano passado, o órgão isentou todos consumidores da cobrança por alguns meses, por conta dos efeitos da pandemia da Covid-19. “Com essa bandeira, que indica condições favoráveis de geração de energia, não há acréscimos na tarifa”, explicou à agência, em nota. Para os demais consumidores do Sistema Integrado Nacional (SIN), segue em vigor a bandeira de escassez hídrica, com cobrança de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

O novo patamar da bandeira tarifária foi criado pelo governo por conta da grave escassez nos principais reservatórios do país. O objetivo da faixa é bancar o acionamento de usinas térmicas, que geram uma energia muito mais cara, e as demais medidas adotadas para garantir o fornecimento de energia. Os recursos, no entanto, não serão suficientes. As famílias atendidas pelo Tarifa Social são isentas de pagar a bandeira de escassez hídrica. Esses consumidores seguem com descontos previstos pelo programa. Os porcentuais são estabelecidos por faixas de consumo. “Isso significa que as famílias de baixa renda, inscritas no programa de Tarifa Social, pagam as bandeiras com os mesmos descontos que já possuem nas tarifas, de 10% a 65%, dependendo da faixa de consumo”, informou a Aneel.

Sistema de bandeiras

O sistema de bandeiras foi criado em 2015 pela agência reguladora. Além de possibilitar ao consumidor saber o custo real da geração de energia e adaptar o consumo, ele atenua os efeitos no orçamento das distribuidoras. Anteriormente, o custo da energia era repassado às tarifas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. Agora, os recursos são cobrados e repassados às distribuidoras mensalmente. Na prática, as cores e modalidades (verde, amarela ou vermelha) indicam se haverá ou não cobrança extra nas contas de luz.

*Com informações do Estadão Conteúdo





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