Texto precisa ser votado por deputados e senadores até o dia 7 de dezembro para não perder a validade
A Câmara dos Deputados pode votar nesta quinta-feira, 25, a Medida Provisória do Auxílio Brasil. O deputado Marcelo Aro, relator da MP, decidiu recuar e fazer mudanças na proposta. Depois de muita pressão do governo e de alguns parlamentares, ele retirou do texto a possibilidade de reajuste anual do benefício vinculado à inflação. No entanto, o parlamentar conseguiu apoio para manter as demais mudanças, entre elas a exigência de zerar a fila de pessoas que têm direito a receber o auxílio, mas ainda não conseguiram. A medida provisória transforma, oficialmente, o Bolsa Família em Auxílio Brasil. No entanto, o texto precisa ser votado na Câmara e no Senado até o dia 7 de dezembro para não perder a validade.
Nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro esteve na Câmara para receber uma homenagem, o que provocou reações de seus apoiadores e adversários. Na saída do local, ele falou sobre a PEC dos Precatórios e afirmou que o governo está atuando com responsabilidade. “Não pode ser definitivo o auxílio emergencial, a União não aguenta esse endividamento enorme. Está tudo acertado para mais que dobrar o valor do antigo Bolsa Família, que passa de média R$ 192 para, no mínimo, R$ 400. A gente vai atender os mais necessitados no momento”, disse.
Assim como Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também voltou a defender a posição do governo em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e disse que o mercado precisa compreender a manobra feita para não furar o teto de gastos. “Parece razoável tirar uma nota um pouco mais baixa no fiscal, mas vamos para a dimensão política e a preocupação social: perfeitamente compreensível e pertinente. Espero que os mercados entendam isso.”
*Com informações da repórter Iasmin Costa