Objetivo é evitar surtos da Covid-19 nas áreas de baixa cobertura vacinal, principalmente com a Venezuela
A Colômbia estenderá seu Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 para incluir “pessoas que transitam pelo país em áreas de fronteira, independentemente de seu status migratório”, de acordo com informações divulgadas neste sábado, 11, pelo Ministério da Saúde. O diretor de Epidemiologia e Demografia do Ministério, Julián Fernández, lembrou que os migrantes “com vocação para a permanência”, como os quase dois milhões de venezuelanos que vivem na Colômbia, já estão incluídos no Plano de Vacinação. Mas agora “permite a inclusão desses migrantes que entram no país, em trânsito para outras regiões do continente ou que cruzam de forma intermitente de ambos os lados por razões econômicas, para buscar serviços de saúde ou porque têm famílias binacionais”, disse Fernández, citado no comunicado.
Segundo o governo esta medida, que visa evitar surtos em áreas de fronteira, é importante “dada a baixa cobertura vacinal que a Venezuela possui, país com o qual é compartilhada a maior área de fronteira”. Entre a Colômbia e a Venezuela existem oito travessias formais de pessoas, por onde passam entre 7 mil e 70 mil pessoas por dia, dependendo da área. “Em um contexto de elevada mobilidade humana, como o que ocorre nas cidades ou municípios fronteiriços, não é possível avançar para um certo grau de imunidade coletiva, dada a elevada taxa de contato, sem proteger essa população flutuante que também tem contato com comunidade receptora”, explicou o diretor.
Além das passagens com a Venezuela, também haverá postos de vacinação nas fronteiras com Brasil, Equador e Peru, embora o Ministério não cite o nome do Panamá, onde em agosto havia cerca de 20 mil pessoas presas em municípios fronteiriços na esperança de cruzar a perigosa selva de Darien a caminho da América do Norte. Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, até o último dia 8 foram aplicadas na Colômbia 59.715.617 doses da vacina contra a Covid-19, das empresas farmacêuticas Moderna, Pfizer/BioNTech, Sinovac, Janssen e Astrazeneca, e 25.695.273 pessoas – cerca de 50,5% da população – receberam a dosagem completa.
*Com informações da EFE