Campanha tenta driblar censura sofrida pela biografia do Planet Hemp nas redes

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    Planet Hemp Legalize meu anúncio
    Crédito: reprodução

     

    A biografia do Planet Hemp escrita pelo jornalista Pedro de Luna, Planet Hemp – Mantenha o Respeito, vem sofrendo censura do algoritmo do Facebook e do Instagram por causa da palavra “hemp”, bastante associada à maconha, no título.

    Para combater o veto na divulgação, foi criada a campanha Legalize Meu Anúncio, composta por páginas que substituem o “hemp” (cânhamo, em português) por sinônimos da erva.

    A partir de uma pesquisa, surgiram nomes como Planet Ganja, Planet Erva, Planet Mary Jane, Planet Dois, Planet 4:20, entre outras. Assim, é possível direcionar os anúncios sem o veto do algoritmo e ampliar a promoção do livro. Essas páginas possuem informações sobre a obra e exibem o link para vendas online.

    A pesquisa para elencar os melhores sinônimos foi feita também com o intuito de inserir nomes da cultura popular e frear essa censura. Marcio Morgade, diretor de criação e um dos criativos responsáveis pela campanha, falou sobre o assunto:

    Censurar a divulgação de um livro é inaceitável. A liberdade de expressão, a cultura e nossa história perdem muito com isso. É preciso sempre lutar. Ainda mais quando a repressão é oriunda de um algoritmo que demonstra muita fragilidade quanto a sua responsabilidade de crivo.

    Você pode conferir o vídeo da ação clicando aqui ou ao final da matéria. O livro já está disponível para compra em diversos sites e livrarias. A versão em e-book, inclusive, pode ser adquirida por aqui com preço promocional de R$4,99 até o dia 30 de Novembro.

    Histórico do Planet Hemp com a censura

    Aproveitando o contexto, o autor do livro lembrou que, desde sua criação em 1993, o Planet Hemp lida com a censura:

    O Planet foi a única banda brasileira que amargou cinco dias de cadeia, em 1997, e se tornou um ícone na luta pela liberdade de expressão. Desde que lancei o livro sobre a banda, não consigo fazer publicidade nas redes sociais por conta do nome. Se eles se chamassem Planet Beer, poderia? A hipocrisia continua.

    Pedro de Luna reforça que, com ou sem a censura dos algoritmos, os envolvidos na campanha acreditam que o direito de falar sobre assuntos polêmicos ainda precisa ser discutido nos dias atuais:

    A ideia é provocar o debate, ainda mais com a movimentação política para a censura de postagens em redes sociais.

    Também quadrinista, Pedro já havia escrito os livros Eu Sou Assim Eu Sou Speed, Brodagens e Niterói Rock Underground 1990-2010.

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