‘Não é hora de dar reajustes salariais’, diz secretário de Paulo Guedes

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Secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida também disse que inflação deve cair em 2022 durante participação no programa Os Pingos Nos Is

Marcello Casal Jr./Agência BrasilAdolfo Sachsida participou do programa Os Pingos Nos Is nesta quarta

O secretário de política econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que não é um momento apropriado para se conceder reajustes salariais aos servidores públicos durante participação no programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan News, nesta quarta, 29. Segundo o secretário, o dinheiro que poderia ser utilizado para tal também pode ser destinado a populações mais pobres ou a cortes de impostos, e destacou que o teto de gastos impõe que cada aumento de gastos indique onde vai ser cortado. Também nesta quarta, o Fonacate, fórum que reúne sindicatos de servidores públicos, anunciou duas paralisações em janeiro de 2022 e o debate sobre uma possível greve em fevereiro em meio a uma campanha pelos reajustes.

“Eu não quero sacrificar a próxima geração para ter aumento. Temos que reservar nossos recursos para combater a pandemia e para ajudar os mais necessitados. Não é o momento de reajustes salariais. É claro que uma ou outra correção pode ser feita, mas com muita prudência, com muita serenidade. Vários Estados receberam muitos recursos públicos, por isso estão com o caixa em alta. Graças à legislação aprovada por esse governo, não puderam dar aumento para os funcionários nem em 2020 nem em 2021. Sobrou dinheiro, os Estados ajudaram corretamente a população carente. Agora, em ano eleitoral, fica a dúvida: os governadores vão dar ajuda à população carente, ou vão dar reajuste para funcionários público estadual? Ou será que vão diminuir os impostos?  Se tem dinheiro para dar aumento, tem dinheiro para diminuir os impostos. Será que é o mais correto aumentar salário de funcionário público?” questionou o secretário.

Em outros pontos da entrevista, Sachsida elegeu a privatização da Eletrobras como a mais importante reforma econômica a ser feita em 2022, e disse esperar que a venda da estatal, junto com o novo marco regulatório do setor de energia, leve a uma queda do custo no setor e consequentemente à queda da inflação. O secretário também disse estar otimista que choques como a crise hídrica e a queda no agro que ocorreram em 2021 não se repetirão em 2022, de forma que a inflação caia por não ter problemas na oferta. Também fez diversos elogios à medida provisória publicada pelo governo na terça, 28, que define que os cartórios terão que oferecer serviços digitalizados à população até 2023, tornando desnecessário que a população tenha que se deslocar para consultar documentos.





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