‘A população pede socorro e não quer saber de onde vem a ajuda’, diz João Roma sobre tragédia na Bahia

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Ministro da Cidadania está em Ilhéus ajudando a conduzir as operações do governo federal de apoio às vítimas das chuvas e enchentes; ele destacou a importância do trabalho conjunto com o governo do Estado, municípios, voluntários e instituições

NTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOMinistro da Cidadania, João Roma, está em Ilhéus, no sul da Bahia, ajudando a conduzir as operações do governo federal de apoio às vítimas das chuvas e enchentes

O ministro da Cidadania, João Roma, concedeu uma entrevista ao vivo nesta terça-feira, 28, ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. Diretamente de Ilheus, no sul da Bahia, onde tem permanecido nos últimos dias, baseado na central de operações conjuntas do governo federal com o governo do Estado, para ajudar a conduzir as operações, ele comentou a situação das enchentes e fortes chuvas, o aumento de mortes, que agora já são de 20 pessoas, além das ações previstas para esta terça. Roma destacou como essencial o trabalho conjunto com os governos estadual e municipais, de voluntários e instituições para ajudar as vítimas da tragédia. Segundo ele, a população precisa de todo tipo de recurso e doações, alimentação, água, roupas, colchões, itens de higiene, entre outros.

“A característica principal dessa calamidade é a grande extensão que ela ocupou nos últimos dias. É uma calamidade que estava restrita ao extremo sul da Bahia e ao norte de Minas e, agora, está atingindo mais de 70 cidades aqui na Bahia. Um cenário desolador. Muitas pessoas desabrigadas, precisando ser acolhidas, muita sujeira, pessoas em áreas de risco e é muito necessário que essas pessoas saiam de lá, das margens dos rios, casas ao lado de barreiras que podem deslizar. Estamos aqui em Ilhéus, na central de operações conjuntas do governo federal com o governo do Estado e também com parceria com gestores municipais e participação de muitos voluntários, o que tem sido decisivo. A população pede socorro e não quer saber de onde vem a ajuda. O importante agora é a mobilização, a cooperação de todas as entidades envolvidas, para que nós possamos preservar vidas, minimizar esses transtornos à população, fazer o acolhimento, abrigamento, e dar sequência na limpeza das cidades, no envio de água potável, alimentos. Muitas famílias perderam o pouco que tinham. As águas vieram de maneira muito forte e traiçoeira. Muitos estão sem água, sem energia, sem sinal de telefone para pedir socorro. Equipes de resgastes estão atuando”, disse o ministro. Com a previsão da continuidade das fortes chuvas até a virada do ano, o ministro informou ainda que a população vem sendo conscientizada para sair das localidades de risco e que o estado de alerta permanece.

Segundo Roma, o exército, a marinha, aeronáutica e defesa civil já estão atuando na Bahia desde o final de novembro, quando as chuvas acima do normal começaram na região. “Agora, está chegando aqui em Ilheus o ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho, e o ministro da Saúde, Queiroga. Toda a interligação que nós estamos adotando neste momento, a participação da Polícia Rodoviária Federal tem sido decisiva também, o DNIT na desobstrução das estradas. Hoje pela manhã, conversei com o presidente Bolsonaro, temos falado várias vezes durante o dia, ele pediu para redobrar os esforços do governo federal aqui na região, para que a população possa ser assistida. E é isso que nós estamos buscando fazer, visitando as localidades, tomando as providências devidas, levando suprimentos e buscando colaborar, de maneira unida, estamos agora unidos pela Bahia, para que a população consiga o quanto antes superar esse momento de dificuldade”, disse.





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