Entrega de cargos na Receita Federal já tem adesão de 635 auditores, incluindo conselheiros do Carf

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Exoneração coletiva começou na terça-feira, 21, em protesto ao corte de verbas do órgão; sindicato diz que recursos foram usados para reajuste de policiais federais

DivulgaçãoSubiu para 635 o número de auditores que pediram exoneração da Receita Federal após o corte de R$ 1,2 bilhão

A quantidade de auditores fiscais da Receita Federal que entregaram seus cargos chegou a 635 nesta quinta-feira, 23. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), a exoneração coletiva agora também conta com os delegados e adjuntos da 1ª RF de Brasília-DF, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, chefes da área de inteligência do país todo e, de forma inédita, dos auditores fiscais que atuam no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). No caso do órgão, a entrega envolve não somente os cargos de chefia, mas o próprio mandato de conselheiro, que exerce o papel de julgador no Carf. O número de saídas, entretanto, deve subir com a realização das assembleias. A exoneração coletiva, vale lembrar, começou na última terça-feira, 21, em protesto ao corte de verbas do órgão de R$ 1,2 bilhão. O Sindifisco diz que recursos foram usados para reajuste de policiais federais, aprovado pelo governo federal.

Sobre a entrega de cargo dos conselheiros do Carf, Kleber Cabral, presidente do Sindifisco Nacional, destaca que “a entrega dos mandatos de conselheiro e a paralisação dos julgamentos no Carf, nesse momento, tem um componente extra. Em janeiro, voltariam as sessões sem limite de valor, quando começariam a ser julgados os recursos mais relevantes, desde que foi extinto o voto de qualidade”, diz o líder. Procurada pela reportagem da Jovem Pan, o Ministério da Economia não quis falar sobre o assunto. Já o relator-geral do Orçamento, o deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), também não esclareceu se o reajuste dos policiais, de fato, saiu da verba da Receita Federal.





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