As 20 Melhores Covers Internacionais de 2021 [TMDQA!]

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    Yunglubd faz cover de Madonna

    2021 foi um ano complexo. Muita coisa aconteceu de ruim, mas também tivemos motivos para celebrar. Afinal, aos poucos estamos vendo a vida dar passos rumo à normalidade.

    Graças à ciência, temos a possibilidade de voltar a viver a vida como a conhecíamos antes, o que é ótimo. Nessa vibe de nostalgia e esperança, vários artistas optaram por relembrar outras épocas e comemorar o que está por vir através de covers sensacionais.

    Como forma de celebrar a arte das covers, a equipe do TMDQA! monta anualmente uma lista com as melhores releituras do ano. Em 2021, conhecemos ótimas versões que ajudaram a ressignificar ou reafirmar uma composição já lançada antes.

    Como critérios de escolha, além da qualidade da música, escolhemos também o contexto de lançamento, assim como sua criatividade e seu impacto. E não, você não vai ver “Beggin’“, do Måneskin, por aqui.

    Apesar de ter ganhado popularidade neste ano, a versão foi lançada em 2017.

    20 – “Levitating”, de Milky Chance (cover de Dua Lipa)

    A banda alemã Milky Chance traz uma proposta musical interessante que mistura rock alternativo com música eletrônica, folk e mais.

    Neste ano, eles lançaram o disco Trip Tape, que conta com umas releituras bem interessantes. Canções de artistas como Soft Cell e The Weeknd ganharam versões interessantíssimas, mas nada se compara ao trato que foi dado ao hit “Levitating“, de Dua Lipa.

    O resultado é uma versão mais lenta e introspectiva do aclamado dance-pop da cantora britânica.

     

    19 – “All You Need Is Love”, de Katy Perry (cover de The Beatles)

    Algumas canções são eternizadas simplesmente por trazerem mensagens que não envelhecem nunca. Parece simples falar que todos precisamos de amor, por exemplo, mas, independentemente da época, é importante repetir isso.

    Katy Perry gravou uma cover serena de “All You Need Is Love“, dos Beatles, que, apesar de ótima por si só, também fez parte de um significado muito maior. Os lucros arrecadados com as reproduções da faixa foram disponibilizados para uma ONG. No final das contas, cerca de 100 mil dólares foram doados para ajudar crianças carentes.

     

    18 – “Use Somebody”, de dvsn (cover de Kings of Leon)

    Existe algo emocionante, mágico e envolvente em “Use Somebody“. O grande hit do Kings of Leon foi longe em 2008, quando foi lançado como parte do disco Only By The Night.

    Essa versão do duo dvsn, lançada como parte do disco Amusing Her Feelings, conta com uma energia semelhante, mas regada de um pop lo-fi que a torna íntima de forma delicada. No final das contas, é como se um astro como Justin Bieber ou Zayn tivesse lançado sua própria versão da música.

     

    17 – “Fix You”, de Kacey Musgraves (cover de Coldplay)

    Com arranjos de pianos e instrumentos de cordas, a influente Kacey Musgraves entregou uma ótima versão acústica de “Fix You“, um clássico do Coldplay.

    A cover é tema principal da animação “A Future Begins“, um belo curta-metragem que retrata a situação de agricultores nos EUA. No filme, a canção torna a narrativa ainda mais profunda e delicada.

     

    16 – “Marry the Night”, de Kylie Minogue (cover de Lady Gaga)

    Ninguém pode duvidar de que Lady Gaga é um dos maiores atos pop do milênio. E em 2021, Born This Way, um de seus mais aclamados discos, completou a primeira década de existência.

    Parte da comemoração veio na forma de Born This Way Reimagined, uma edição especial que, através de outras vozes, mostra a importância desse álbum para o mundo pop contemporâneo. Apesar de versões interessantíssimas (como o Years & Years cantando “The Edge of Glory”), decidimos ficar com a homenagem de Kylie Minogue com “Marry The Night“.

    Não foram gritantes as mudanças, mas é legal de ver (e ouvir) que Gaga serve de influência até para artistas que vieram antes. Fora isso, a cover de Minogue traz uma simbologia que conecta o pop dos anos 10 à música disco através de uma linha tênue (e dançante).

     

    15 – “I’m Every Woman”, de Tinashe (cover de Chaka Khan)

    O ano era 1978. A cantora Chaka Khan, em estreia solo, lançou a formidável “I’m Every Woman“. A canção veio a ser celebrada por várias outras intérpretes ao longo dos anos, mais notavelmente por Whitney Houston quando gravou uma cover para a trilha sonora de “O Guarda-Costas” em 1992.

    Celebrando o tema do empoderamento da mulher negra, a artista Kinashe disponibilizou uma nova releitura dessa música, mas dessa vez com evidentes mudanças estéticas. Sob produção de TOKiMONSTA, a rendição moderna incorpora elementos do pop e de vertentes eletrônicas sem perder o brilho do funk/disco das versões anteriormente gravadas.

    A cover faz parte de um projeto da ESPN chamado Music for the Movement Vol. II, que conta com outras releituras de clássicos da música negra.

     

    14 – “Long Live Rock”, de Halestorm (cover de The Who)

    Temos mais uma comprovação de que falar que “o rock morreu” é um delírio, graças à releitura incrível que o grupo Halestorm fez para “Long Live Rock“, clássico do The Who.

    Mais pesada que a original, a nova versão passa aquela sensação energética de “ao vivo” da qual sentimos tanta falta durante os dias mais restritivos da pandemia.

     

    13 – “Nothing Breaks Like A Heart”, de Sea Girls (cover de Mark Ronson e Miley Cyrus)

    Algumas canções soam como clássicos desde que são tocadas pela primeira vez. Foi algo assim que Mark Ronson fez ao convidar Miley Cyrus, em 2019, para cantar a ótima “Nothing Breaks Like A Heart“. Originalmente, a faixa mistura elementos da música country com disco, mas conquista por conta da sua temática reflexiva sobre o tema mais universal de todos: o amor.

    Todos esses aspectos da música impressionaram Henry Camamile, vocalista da banda indie britânica Sea Girls. O grupo lançou neste ano uma releitura incrível, que respeita a estética da gravação original ao mesmo tempo que incorpora diversos elementos do rock.

     

    12 – “Wannabe”, de Sandflower (cover de Spice Girls)

    Não é nenhum absurdo afirmar que “Wannabe“, das Spice Girls, é uma das canções mais divertidas e empolgantes da história. Parece ser uma canção intocável, que não pode ser imaginada sob qualquer outra estética.

    Bom, eis que fomos apresentados à versão da cantora Sandflower. Misturando elementos do pop, do indie e da música eletrônica, a cover nos faz cantar os memoráveis versos de uma maneira que jamais imaginaríamos cantar antes.

    Uma curiosidade interessante sobre essa versão é que ela ganhou um clipe que, assim como o original, foi gravado em plano-sequência (de uma vez só, sem cortes ou montagens).

     

    11 – “Mad World”, de Demi Lovato (cover de Tears for Fears)

    A cantora Demi Lovato é um fenômeno pop que deu voz a hits marcantes ao longo dos anos 2010. Mas sua vida tomou rumos que a própria artista não esperava. Tudo isso resultou no lançamento de Dancing With the Devil… The Art of Starting Over, que explora detalhes delicados da cantora que nunca antes vieram à tona.

    Como forma de se aprofundar ainda mais nessa narrativa, Demi resolveu incorporar à sua tracklist uma versão de “Mad World“, popular canção do Tears for Fears sobre pertencimento. Considerando-se todo o contexto do álbum, esta versão abrilhanta ainda mais a narrativa e reforça a mensagem que a cantora quer nos passar.

     

    10 – “Stay High”, de Childish Gambino (cover de Brittany Howard)

    Em julho, quando soubemos que a talentosíssima Brittany Howard havia compartilhado uma versão de sua música “Stay High” na voz de Childish Gambino, obviamente já sabíamos que o resultado seria dos bons mesmo sem ter ouvido o resultado.

    Com o apoio de instrumentos orquestrais e guiado por sintetizadores, a cover impressiona por ser mais uma prova do talento musical ilimitado de Donald Glover, que canta os versos em um delicado falsete. Fora isso, seguimos torcendo aqui por uma futura parceria da dupla.

     

    9 – “Blinding Lights”, de Saint Asonia (cover de The Weeknd)

    Se coletâneas como Punk Goes Pop nos ensinaram alguma coisa, é que músicas pop podem soar muito bem sob uma estética rock.

    A banda Saint Asonia, por exemplo, transformou “Blinding Lights“, um dos maiores hits de 2020, em um poderosa mistura entre hard rock e rock alternativo. Mantendo emoção semelhante à música original, cantada por The Weeknd, o vocalista Adam Gontier mistura em sua interpretação a vulnerabilidade da letra com a energia desse popular refrão.

     

    8 – “Testify”, de Voice of Baceprot (cover de Rage Against The Machine)

    Recomendamos que você conheça o trabalho do grupo Voice of Baceprot. Diretamente da Indonésia, a banda de rock e metal é composta por jovens muçulmanas e usa canções de tom crítico para expressar seus posicionamentos.

    Neste ano, elas lançaram uma cover sensacional de “Testify“, do Rage Against The Machine. A versão foi elogiada pelo próprio Tom Morello e ajudou a mostrar pro mundo o potencial do jovem grupo.

     

    7 – “Feeling Good”, de Chlöe (cover de Nina Simone)

    Toda dupla musical é boa por conta do talento individual de seus integrantes. Com Chloe x Halle não é diferente, e a carreira solo de Chlöe é um exemplo claro disso.

    Após começar a caminhar sozinha neste ano, a jovem cantora já fez de “Have Mercy” um dos melhores singles do ano. Seu outro lançamento oficial no ano foi uma releitura incrível de “Feeling Good“, eternizada na voz de Nina Simone.

    Dotada de sensualidade, alcance vocal e personalidade, a releitura entrega uma canção que, tanto esteticamente quanto liricamente, poderia ser uma faixa original do repertório da cantora. Mesmo assim, Chlöe foi mal vista por integrantes da família de Nina, que criticaram a intenção de jovem artista de sexualizar um dos maiores clássicos do jazz.

     

    6 – “Like a Virgin”, de YUNGBLUD (cover de Madonna)

    Algumas covers se fazem interessantes por serem inusitadas. Por exemplo, você conseguiria imaginar o britânico YUNGBLUD cantando Madonna?

    Pois saiba que foi isso que aconteceu nessa cover incrível de “Like a Virgin“. Lançada como parte do Spotify Singles do cantor, a versão transforma o dance-pop eternizado pela Rainha do Pop em um hit pop rock envolvente, com direito a guitarra, baixo e bateria do jeitinho que a gente gosta!

     

    5 – “Declare Independence”, de Lido Pimienta (cover de Björk)

    Por falar em Spotify Singles, é desse projeto que nasceu a criativa versão de “Declare Independence” na voz da colombiana Lido Pimienta.

    A releitura adiciona mais melodia e ritmo ao som alternativo de Björk pelo qual a música ganhou vida em 2008. O lançamento fez parte da campanha Pride 2021: Claim Your Space e mostra Lido cantando tanto em inglês quanto em espanhol. Ficou bom de uma maneira surpreendente!

     

    4 – “Crawling Kingsnake”, de The Black Keys (cover de Big Joe Williams)

    A importância do blues para o mundo da música é inegável e foi celebrada pelo The Black Keys no ótimo disco de covers Delta Kream.

    São 11 releituras que imprimem aos clássicos as características sonoras da banda, homenageando nomes como R. L. Burnside e Mississippi Fred McDowell. O primeiro single do disco é uma versão incrível de “Crawling Kingsnake“, composta por John Lee Hooker e Bernard Besman nos anos 20 e uma das canções que teriam originado o movimento do delta blues. É quase uma aula de história na interpretação de uma das bandas mais aclamadas dos últimos anos.

    3 – “Not Great Man”, de Flea, John Frusciante e The Silverlake Conservatory Youth Corale (cover de Gang of Four)

    Existem vários motivos para colocarmos essa nova versão de “Not Great Men“, originalmente gravada pelo grupo Gang Of Four em 1979, no top 3 desta dista.

    Primeiramente, trata-se de uma homenagem ao legado do guitarrista Andy Gill, que morreu em fevereiro de 2020. A versão entrou para o projeto The Problem Of Leisure: A Celebration Of Andy Gill And Gang Of Four, que celebra a obra da banda como um todo.

    O segundo ponto é: Flea e John Frusciante juntos! É a primeira gravação oficial da dupla lançada desde que John voltou aos Red Hot Chili Peppers, obviamente atiçando a ansiedade dos fãs da banda. Aqui, de forma respeitosa com a incrível performance do Gang Of Four, eles desenvolveram uma versão com uma pulsante veia de funk rock, lotada de slaps no baixo e de guitarras groovadas. De quebra, os vocais ficaram por conta do coral de jovens do The Silverlake Conservatory Youth. Épico!

     

    2 – “Enter Sandman”, de Rina Sawayama (cover de Metallica)

    2021 marcou o aniversário de 30 anos do lançamento do influente The Black Album, do Metallica. Obviamente, essa data não passaria em branco (ba dum ts) pela comunidade artística.

    Um projeto de comemoração, intitulado The Metallica Blacklist, contou com a participação de vários nomes da música contemporânea, do indie ao pop, para dar nova vida aos frutos desse emblemático disco.

    Ghost, Mac Demarco, Miley Cyrus, Cage The Elephant e J Balvin são apenas alguns dos nomes envolvidos. A versão mais poderosa, no entanto, contou com a interpretação de Rina Sawayama.

    Ao fazer sua própria versão para “Enter Sandman“, a cantora entregou todo o seu carisma vocal e adicionou elementos pop à mistura. O resultado é uma releitura moderna e, ao mesmo tempo, caótica, de um dos maiores hinos da história do rock. Ela ainda deu mais melodia à ponte da faixa original (“Now I lay me down to sleep…”).

     

    1 – “You Should Be Dancing”, de Foo Fighters (cover de Bee Gees)

    Em comemoração ao Record Store Day deste ano, a banda Foo Fighters se transformou em Dee Gees, um tributo ao influente grupo pop/disco Bee Gees.

    Para o lado A do lançamento do vinil especial Hail Satin, a banda entregou covers de cinco sucessos dos irmãos Gibb (sendo uma delas lançada de forma solo por Andy Gibb), incluindo os megahits “Night Fever” e “More Than A Woman“. No entanto, o destaque fica para a versão incrível de “You Should Be Dancing“, que nos coloca para dançar ao mesmo tempo em que conta com a personalidade musical do vocalista Dave Grohl.

    No mais, é interessante ver o quanto um som dos anos 70 confirma sua atemporalidade ao se manter relevante para as pistas de dança mesmo passadas cinco décadas.

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