Mercados derretem com ameaça de nova onda da pandemia da Covid-19

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Tendência atual é de investimentos em ativos mais seguros e proteção em moedas mais fortes como o dólar, fazendo o real desvalorizar ainda mais

Rogério de Santis/Futura Press/Estadão Conteúdo Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, terminou a sexta-feira em queda de 3,39%

O anúncio da nova variante da Covid-19, omicron, impactou o mercado financeiro ao redor do mundo nesta sexta-feira, 26. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, terminou o dia em queda de 3,39%. O valor negociado foi de R$ 20,34 bilhões, abaixo da média diária anual de R$ 23 bilhões. Em Wall Street, o Dow Jones recuou 2,53%. Na Europa, queda de 4,15% em Frankfurt e 3,64% em Londres. O economista Gilberto Braga diz que a noticia pegou o mercado financeiro de surpresa. “Os mercados não esperavam porque isso não estava no radar dos especialistas e dos economistas e o efeito foi muito ruim. Foi grave. As bolsas de valores caíram no mundo inteiro. Aqui no Brasil também foi assim. As empresas ligadas à área de exportação, à área de turismo e entretenimento, todas tiveram bastantes perdas. As companhias aéreas, suas ações derreteram em todas as bolsas do mundo inteiro”, pontuou. Segundo o economista os agentes financeiros respondem às preocupações com os possíveis impactos de mais uma rodada de restrições às atividades econômicas. “O mercado hoje reflete uma instabilidade e isso é típico do mercado financeiro no mundo inteiro, que é não poder ter uma projeção do que vai acontecer para a frente. Então, essa falta de previsibilidade, se continuaremos num ritmo de retomada econômica ou se teremos um novo freio de acomodação, por imposição de um novo controle, caso essa cepa se mostre extremamente forte e venha a causar danos como tivemos no ápice, no meio do ano passado, com a Covid-19 original, isso leva a esse momento de cautela”, pontuou o economista. Braga lembra que, enquanto permanecerem as incertezas, a tendência é de investimentos em ativos mais seguros, como renda fixa, e a proteção em moedas mais fortes como o dólar, fazendo o real desvalorizar ainda mais. A moeda americana já subiu, fechando a sexta-feira em R$ 5,61 na venda.





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