Com Moro candidato, Brasil começa a ganhar a esperança de ficar livre dos malfeitores

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Pesquisas de intenção de voto já colocam o ex-juiz com porcentagem de dois dígitos

Danilo Martins/Divulgação/PodemosSergio Moro se filiou ao Podemos e deve ser candidato à presidência nas eleições 2022

Quem sabe o surgimento do ex-juiz Sergio Moro neste cenário de sombras pode clarear um pouco as ideias no que diz respeito à chamada terceira via nas eleições de 2022? Um país como o Brasil não pode ficar entregue a dois políticos como o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente que já esteve preso por corrupção Luiz Inácio da Silva. O primeiro não respeita seu povo, não respeita nada, achando que tudo tem que ser decidido no tranco. O segundo passou a ser uma figura sinistra especialista na esperteza de enganar, como se as pessoas acreditassem nessa farsa a vida inteira. Infelizmente, nos dois casos, uma boa parcela da população ainda acredita. Não se sabe ainda qual será de fato o destino de Sergio Moro na sua intenção de ser candidato à Presidência da República. Filiou-se ao Podemos e decidiu que vai mesmo participar da eleição. O buraco que fica entre Bolsonaro e Lula dá para eleger um terceiro nome, tal a rejeição das duas figuras. E fizeram por merecer essa rejeição. O atual, por ser inconsequente; o outro, por ser esperto e desonesto em quase tudo que faz. 

A primeira pesquisa feita pela Ponteio Política, divulgada na sexta-feira, 19, depois que Sergio Moro se filiou ao Podemos, mostra o ex-juiz com uma intenção de voto que chegou aos dois dígitos, que muitos duvidavam. Na pesquisa realizada entre os dias 16 e 18 de novembro, Sergio Moro aparece com 11% das intenções de voto, já em terceiro lugar, acima de Ciro Gomes, do PDT, com 8%. Em 1º lugar está Lula, com 37%; em 2º, Bolsonaro, com 24%; e a seguir, Sergio Moro, com 11%. Trata-se de um número significativo revelado logo na primeira pesquisa realizada depois de Moro demonstrar que será candidato, tendo ao seu lado como conselheiro o economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, um dos mais contundentes críticos do país à política econômica do atual ministro Paulo Guedes. Já há quem diga ser Sergio Moro o “candidato da Lava Jato”. A população não esquece a Lava Jato. Nem pode esquecer. O Brasil não pode esquecer.

A Lava Jato levou para a cadeia gente poderosa que nunca imaginou que um dia pudesse ser presa por corrupção, incluindo nessa lista a figura do ex-presidente Luiz Inácio da Silva que foi solto por uma manobra indecente do Supremo Tribunal Federal. Pareceu até – se é que não é isso mesmo – que o objetivo do STF foi desmoralizar a figura e Sergio Moro, conseguindo em parte. Mas só em parte. Ter 11% das intenções de voto logo na primeira pesquisa não é para qualquer um. Não é mesmo. Para conseguir esse número com dois dígitos tem que ser alguém especial, como é o ex-juiz e ex-ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro. E de acordo com informações deste final de semana, o já candidato Sergio Moro está em alta. Ele afirma que está pronto para ser candidato à Presidência da República em 2022. Vai depender, como diz, da confiança da população.

O ex-juiz já começou a usar nas suas declarações os escândalos do mensalão e do assalto à Petrobras, de Lula, e das chamadas “rachadinhas” da família Bolsonaro. Por enquanto, está falando sobre esses assuntos vergonhosos de leve. Vai chegar a hora de se aprofundar nisso. Na verdade, Moro é o juiz da Lava Jato, que enfrentou os maiores corruptos da história brasileira e colocou na cadeia ladrões que permaneciam sempre impunes. Não é um candidato qualquer. Já o conselheiro para assuntos econômicos de Moro, Affonso Celso Pastore, deu o ar de sua graça dizendo textualmente o seguinte: “Bolsonaro e Lula são duas opções que odeio. Prefiro que o centro se organize”. Então as cartas estão na mesa. Agora é esperar a receptividade da população em relação ao nome de Sérgio Moro. O Brasil começa a ganhar a esperança de ficar livre dos malfeitores.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.





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