2022 começa com recorde de casos de Covid-19 em muitos países do mundo

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OMS acredita que ano poderá ter encerramento da fase crítica da pandemia, mas apenas se a distribuição de vacinas for mais igualitária

Mateus Bonomi/Estadão ConteúdoGaroto usa máscara para se proteger de infecção pelo novo coronavírus

O ano de 2022 começou com recorde de casos de Covid-19 em muitos países do mundo. A Austrália entrou janeiro de 2022 com novo recorde de casos de Covid-19. Neste dia primeiro foram 33.161 registros. O estado mais populoso, Nova Gales do sul, tem o maior número de casos com mais de 22 mil. Na semana seguinte ao Natal, as infecções mais que triplicaram em Nova Gales do Sul. Muitos estados australianos implantaram uma politica de viver com o vírus após atingir níveis altos de vacinação – com isso teve maior flexibilização das restrições e elevação das estatísticas.

Situação parecida no Reino Unido, que também teve recorde de casos na sexta do dia 31: 189 mil infecções. As hospitalizações também vêm crescendo, mas o número de internados em uti permanece sem alterações. O ministro da Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, disse neste dia 1º de janeiro, para um jornal britânico, que novas restrições na Inglaterra só serão impostas como último recurso. Isso sendo possível graças a uma grande campanha da aplicação do reforço da vacina anticovid, aliada a testagem maciça da população. O ministro enfatizou o custo social e econômico dos confinamentos e afirmou que é preciso aprender a conviver com o coronavírus.

Portugal é outro que vem batendo consecutivamente o numero máximo de infectados. O jornalista brasileiro Rafael Ristow, que vive em Lisboa, conta que todos os amigos que estão vacinados positivaram pra Covid-19 na última semana e que a procura por testes é grande. “Todo o planejamento de comemoração que a gente ia fazer entre o grupo de amigos teve que ser cancelado, porque praticamente todos testaram positivo para Covid-19 nesta semana. Então, cada um ficou na sua casa e a gente está esperando passar a quarentena para, depois, de uma ou duas semanas, a gente fazer a nossa comemoração de ano novo aqui em Lisboa. A gente tem percebido que, justamente, por causa desse aumento de números, os testem têm acabado também. A gente acha muito facilmente por aqui, em farmácias e supermercados, os autotestes, só que estão em falta. E os testes disponibilizados pelo governo aqui, de forma gratuita pelo sistema público de saúde também tem horários escassos. É difícil conseguir porque está todo o mundo em busca desses testes”, relatou.

Em mensagem de final de ano, o diretor da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom, disse que o mundo tem novas ferramentas para prevenir e tratar a Covid-19 e que está confiante que 2022 pode marcar o fim da pandemia, para isso será necessário uma distribuição mais igualitária de vacinas entre os países. Se a disparidade continuar damos chance para novas mutações e variantes.

*Com informações da repórter Carolina Abelin





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